Estudo comparativo do perfil nutricional de pacientes diabéticos e não diabéticos
PINHO, CPS; BEZERRA, AS.
Instituição: Pronto Socorro Universitário Cardiológico De Pernambuco
Email: claudiasabinopinho@hotmail.com
A relação entre obesidade e diabetes mellitus (DM) é bem estabelecida na literatura, sendo 3 vezes maior o risco do desenvolvimento da doença em pacientes com excesso de peso do que dentre aqueles com estado nutricional normal. Objetivos: Comparar as alterações de medidas antropométricas em pacientes portadores de doenças cardiovasculares (DCVs) diabéticos e não-diabéticos. Metodologia: Estudo transversal que analisou os indicadores antropométricos de 190 pacientes adultos e idosos internados no período de julho/2008 a junho/2009 em hospital universitário referência em cardiologia. Os pacientes foram divididos em dois grupos: diabéticos (n=61) e não-diabéticos (n=129). As medidas antropométricas avaliadas foram o Índice de Massa Corpórea (IMC) e a circunferência de cintura (CC). Foi definido como excesso de peso o IMC>25 kg/m2 e como obesidade abdominal a CC>80 cm para mulheres e >94 cm para homens. Os dados foram analisados no Epi Info, versão 6.04. As médias e freqüências foram comparadas empregando-se o teste “t” de Student e o Qui Quadrado, respectivamente. O nível de significância adotado foi de 95%. Resultados: A média de idade foi superior no grupo de pacientes diabéticos (63,6±9,0 vs 59,7±11,4anos) (p=0,0211). A prevalência de nefropatia foi similar nos grupos estudados. A média da CC e do IMC foram superiores nos pacientes com a doença (99,4±9,6 vs 95,9±11,7cm e 28,6±5,3 vs 26,2±5,4kg/m²) (p=0,0038). Não houve diferença na prevalência de obesidade abdominal e de excesso de peso entre os adultos dos dois grupos. Dentre os idosos, o excesso de peso foi superior nos diabéticos (53,3% vs 27,7%) (p=0,0427). Conclusão: Os pacientes diabéticos apresentaram maiores alterações antropométricas do que o grupo sem a doença, indicando a importância da intervenção nutricional e a adoção de medidas preventivas devido às evidências de que essas alterações estão associadas mais freqüentemente às complicações da doença.